28 de junho de 2015

Domingo 28 Junho 2015
Chegamos ao Largo da Republica a conta-gotas, fomos sete Moukistas que nos dispusemos fazer mais um passeio de BTT. Definimos o destino, que recaiu visitarmos as pedreiras próximas de Negrais, o grupo apresentava algum medianismo, pois boa parte dos prós estava ausentes, sem contador e sem a equipa principal estava assegurado um andamento pouco frenético mas, simpático e vivo.
Pouco passava das 08:00 quando iniciamos a Moukopedalação. O desejo, de alguns, em pedalar era notório pois havia já três semanas que não era feita a vontade a esta paixão (vicio). Rolávamos nas hortas do Cacém e rápido alcançamos o parque de Fitares, passamos por Meleças, Recoveiro, Raposeiras, Casal da Quintanela, Casal do Urmal, Pedra Furada, Alfouvar de Cima, foi por aqui que parámos para fazer umas fotos do grupo, escolhemos como cenário de fundo as gigantes parábolas. Entramos nos trilhos das pedreiras, o calor já se fazia notar e quando as subidas eram mais acentuadas as dificuldades aumentavam, paramos no fundo de um dos muitos buracos, que por ali existem, para fazermos a merecida pausa para hidratação e conversa. Até aqui o ritmo tinha sido vivo! Houve até quem questionasse, se os atletas presentes não seriam os mais bem preparados do Clube MoucaBTT? Pois não sei, não quero opinar…
Depois de muita palheta, reiniciamos a pedalação, bordeamos Priores, alcançamos Almornos, descemos pela Portela, subimos para Belas Clube, reparamos um furo, descemos e alcançamos a mata de Belas, Belas, subimos aos moinhos atravessamos Venda Seca e terminamos na nossa cidade, Agualva-Cacém. A história deste passeio, domingueiro, foi feita por sete Moukistas, 42Km, boa-disposição e que terminou antes das 12:00 com um fresco sumo de cevada.
Abraço do “Moukista sentado”

VII Peregrinação Mouca Fátima em BTT

20 e 21 de junho de 2015
Já vai na sétima edição, a Peregrinação em BTT entre Agualva e o Santuário de Fátima, realizado pelo Clube MoucaBTT.
Às 06H30 do dia 20 de junho de 2015, foram 10 bicigrinos que aceitaram o desafio (Paulo Laranjeira, Luís Pina, Pedro Lopes, Henrique Ramos, Manuel Sousa, José Gonçalves, João Pires, Fernando Barreiro, Luís Carvalho e João Paulo), apoiados pela Lúcia e Fernando Lopes.
Partimos do Largo da República, em Agualva, com o propósito de atingir o Santuário de Fátima no dia seguinte pelas 12H00, depois de percorrer cerca de 210 kms fora de estrada.
O 1º dia levou-nos até à Golegã. Com passagem pelo Parque Tejo, onde tomámos o pequeno almoço, Vila Franca de Xira com passagem para a outra margem do Tejo pela ponte Marechal Carmona, rápido abastecimento na reta do cabo, antes de entrarmos nas lezírias. Estávamos com cerca de 70 kms percorridos.
As dificuldades até ao momento eram poucas, apenas um furo nos tirou algum tempo, mas adivinhava-se que daqui para a frente tudo iria ser diferente, o calor estava a aumentar e certamente que iria deixar marcas.
Rolava-se a bom ritmo e rapidamente chegamos à Qta da Foz, onde gentilmente nos foi facultado o acesso. Estava a chegar um dos momentos mais espetaculares desta peregrinação, percorrer os canais de rega existentes nesta propriedade, que nos levariam até Benavente, local também muito simpático. Aqui, já o calor apertava, aproveitamos o sistema de rega da relva para nos refrescarmos. Soube bem mas havia que pedalar. Logo depois de sairmos de Benavente a perna do Laranjeira deu sinal de algum desgaste, abrandou-se o ritmo, para recuperar do esforço. No cais de Salvaterra de Magos, aproveitando o carro de apoio, tratou-se da perna do Laranjeira, resolveu-se mais um furo, e entregou-se uma carteira no posto da GNR, que entretanto encontramos no caminho. Muge estava perto mas o GPS já marcava uma temperatura de 38º.
Pelas 13H30 chegamos a Muge, onde fizemos uma refeição ligeira, no Silas das bifanas. Recuperou-se folego para voltar a pedalar, estávamos com 110 kms percorridos, temperatura de 42º e a 60 kms da Golegã.
Saímos de Muge debaixo de um calor terrível, mas tínhamos de continuar, a povoação de Tapada foi o local para uma breve paragem, encher um pneu, que teimava em vazar e reabastecer de líquidos, no entanto uma indisposição do Sousa levou a que tivéssemos parados mais algum tempo. Voltámos a parar no parque da Ribeira de Santarém, aproveitamos a sombra e reavaliou-se o estado do nosso companheiro. Voltámos ao trilho e a temperatura estava nos 44º, arrasador. Já em Vale de Figueira o amigo Sousa foi descansar um pouco no carro de apoio, enquanto que alguns dos restantes elementos já mostravam também algum desgaste, esta parte do trajeto estava a ser violento, o calor não dava tréguas. Havia que alcançar a povoação da Azinhaga (terra de José Saramago), e lá fomos pelo calor dentro, o GPS marcava 46º, demolidor, tanto fisicamente como psicologicamente. Mas, nem de propósito, os enormes sistemas de rega dos imensos campos de milho, aqui e ali estavam ligados e foi providencial, pois servia para refrescar o corpo e atenuar o efeito da temperatura elevadíssima. Azinhaga estava conquistada, faltavam poucos kms para a Golegã, onde chegamos às 19H15. Exaustos, mas com o ego nos píncaros da lua.
Havia que arrumar as bicicletas, reparar rodas, instalar a malta, preparar o jantar (aqui a Lúcia e o Fernando não deram hipótese, trataram de tudo), descomprimir e descansar.
O amigo Pires, teve ainda tempo para uma indisposição, quebra de tensão com insulação à mistura e fadiga, o nosso "Alberto Contador" estava a passar mal. Descansou, hidratou e assim que ouviu "o jantar está pronto", recuperou num ápice... Vá-se lá entender os atletas de topo. Depois do magnífico jantar, veio um cafezinho e mais dois dedos de conversa e pela meia noite estava tudo no descanso.
O 2º dia começou cedo, pequeno almoço às 07H15, com saída da Golegã às 07H45. Fátima estava a 50 kms. Todos os Moukistas estavam operacionais, a manhã fresca permitiu chegar a Torres Novas rapidamente. Paragem nas Lapas para assistir o joelho do Ramos e café matinal. Pedrogão foi o local para o reabastecimento e em seguida tínhamos a serra à nossa espera. O tempo até aqui corria a nosso favor estávamos dentro dos horários previstos. Começava-se no entanto a notar alguma quebra física em alguns elementos, havia que mudar o ritmo e manter o grupo junto, o nosso "Alberto Contador" (JPires), foi chamado a marcar o ritmo.
O último contato com o carro de apoio foi no Bairro eram 11H00, faltavam cerca de 16 kms. Duas vedações obrigaram à alteração do itinerário e perda de tempo, mais duas paragens por furo, colocava a hora de chegada para além do previsto, mas a motivação era imensa a vontade de chegar aumentava, afinal o Santuário estava mesmo ali.
Às 12H30 entramos no Santuário aplaudidos por familiares e amigos, momento vivido pela sétima vez! Único!
A lágrima no canto do olho; a pele arrepiada; olhar para todos e não ver ninguém; o barulho a passar a silencio; são sinais que só mesmo quem vive este momento é que sabe o quão maravilho é vencer todas as adversidades e romper pelo Santuário com o sentimento de missão cumprida.
Depois da foto de grupo e banho tomado realizou-se o tradicional almoço de partilha. Pelas 17H00 e com a bagagem devidamente arrumada regressamos ao Largo da República.
Agradecimentos:
João Paulo - organização e planeamento da peregrinação;
Lúcia e Fernando Lopes - apoio logístico e acompanhamento em todo o trajeto;
Qta da Foz - cedência de acesso;
Casa da Tia Guida - respira-se simpatia e hospitalidade neste espaço turístico, onde pernoitamos na Golegã;
Familiares e amigos - a todos os que se deslocaram ao Santuário para partilhar com os Moukistas bicigrinos a alegria de mais uma peregrinação cumprida;
A todos os que de alguma forma estiveram connosco em toda esta peregrinação.
Bem hajam.
                                   

O céu como limite

14 de junho de 2015
Mais uma manhã de pedalação  com a malta do MoucaBTT.
A manhã cinzenta, o aconchego dos lenções e mais uma tantas "razões!!!" levaram a que apenas quatro moukistas comparecessem no Largo da República às 07H30 para este passeio com 60 kms.
O céu como limite, foi o mote, simplesmente uma réplica do que tinha sido feito em 2012, pedalar a pensar na maratona do próximo fim de semana: VII Peregrinação a Fátima do MoucaBTT. Assim, fomos em direção a Sintra, com subida por Chão de Meninos e Sta Eufémia, depois foi a loucura e a adrenalina a subir pelos trilhos rápidos até ao Guincho. Nesta altura a chuva que nos tinha dado tréguas resolveu aparecer novamente e acompanhou-nos até casa.
Passando por Cascais e Estoril começou o regresso a um ritmo bastante simpático, às 11H45 estávamos no Largo da República.
Até para a semana.

Pedalar para todos

Mais uma iniciativa do Clube MoucaBTT, desta vez os visados eram os que tinham mais dificuldade em andar de bicicleta ou até que nem sabiam andar. Infelizmente as espectativas não passaram disso mesmo, pouca gente quis comparecer neste evento, no entanto os presente rapidamente fizeram esquecer os ausentes, nestas coisas só faz falta que aparece. Assim os treze entusiasta, pedalaram, ensinaram, corrigiram e caminharam pela bela mata de Queluz. No final a maioria juntou-se para um belíssimo almoço. Bem hajam a todos os que fizeram da sua presença um modo de pertencer ao Clube. Até a uma próxima.

Vamos às broas

Domingo 07 Junho 2015
Nesta manhã de Primavera, mas com temperatura de Verão e humidade bem elevada, fomos onze Moukistas que comparecemos no Largo da Republica para pedalar. O traçado tinha o nome ponposo e dava a entender que seria uma volta com alguma doçura, puro engodo, doçura só mesmo o cubo de marmelada que saboreei no lanche matinal. Foi, na realidade, uma volta dura e de muita adrenalina. Trilhos com grau de acrescida dificuldade fizemos vários, então aquele que precedeu a Aldeia das Broas, que loucura e perigosidade que ele tem, é de loucos, o JPGonçalves e JAGuerra pagaram com o corpo o transbordo da muita adrenalina nele colhida. É-me difícil descrever a diversidade de estado de coisas de circunstâncias que numa volta destas vamos vivendo, mas, que são muitas, são, e cada uma sempre diferente da outra e da outra, na maioria das vezes é um estado adrenalítico e de garra que nos leva aos limites da pura e perigosa diversão…

Às 08:00 saímos de Agualva LR, alinhados para as hortas, muito rápido alcançamos o renovado e simpático parque urbano da Rinchoa-Fitares, atravessamos o sopé da Carregueira, Vale de Lobos, subimos à Sra da Piedade, descemos pelo trilho da aranha, vale de Olelas, Casal do Urmal, Pedra Furada, em Anços fizemos o trilho que nos levou à ribeira de Cheleiros, atravessamo-la para logo depois subirmos para a Aldeia da Mata Pequena, esta pequenita aldeia é lindíssima, visitem-na, descemos e invertemos a marcha, entramos naquele single track, que eu gosto muito, junto à ribeira da Mata e que nos trouxe a Cheleiros, fizemos o lanche matinal para de seguida continuarmos a pedalação em alcatrão durante três km, já perto de Almorquim demos inicio à grande subida, em 1500mt subimos lentamente 120mt, tivemos que esperar pelos mais atrasados, avizinhava-se a grande descida da Aldeia das Broas, esta descida foi de loucos destemidos, mas valeu o esforço, muito perigosa mas fantástica! Pela primeira vez visitei esta esquecida aldeia, pequena povoação tipicamente saloia foi abandonada aos poucos e esquecida por quase todos, mas que continua a ser visitada por alguns aventureiros… valeu têrmo-la visitado, quatro broas! perdidas estavam de partida para Cheleiros, mas, sem saberem o caminho certo, havia que orienta-las e, foi isso que o líder do MoucaBTT fez.
Tínhamos de continuar o nosso proposto e fizemo-lo descendo até encontramos a ribeira da Cabrela, quilómetros acima entramos no bosque dos caçadores, o cansaço e algumas dores musculares iam assistindo alguns de nós e, atingir Armés foi feito com muito suor. O pupilo Rubem estava novamente em apuros, as cãibras voltavam a apoquenta-lo, socorrido imediatamente pelos Moukistas que, aparatosamente chamou atenção a um motorista de autocarro que por ali per-cursava, prontamente, este simpático Senhor ofereceu-se para transportar o nosso companheiro de Lameiras para Coutinho Afonso, bem-haja pelo oportuno préstimo… não podíamos parar, havia que continuar, ao ritmo dos mais lentos fomos pedalando e esperando, alcançamos Recoveiro, Mira Sintra e finalmente Agualva.
Com bastante dificuldade, todos, atingimos o objetivo a que nos propusemos. Este passeio foi doloroso e sofredor teve a sua história feita de muitas peripécias, boas mas também amargas, quedas e furos também nos assistiram, mas, o mais importante foi terminar, fortíssimos e bem-dispostos com 50 Km de distância e 1100 mts de acumulado ascendente, pouco passava das 12:30 quando terminamos o nosso passeiro domingueiro a degustar de uns quantos acepipes e umas minis em casa do aniversariante JPPires, que simpaticamente nos surpreendeu com este mimo que em conjunto com a sua cara-metade e restante família tinham elaborado, terminamos a convivência a cantar os parabéns e a desejar mais cinquenta “tudo à grande”.
Abraço O Moukista sentado”

Festa Magoito 2015


Domingo 31 Maio 2015
Foi precisamente em ambiente de festa que começou pelas 08 horas da manhã do dia 31 de Maio de 2015, na Praça da República em Agualva, o evento Moukista intitulado “Festa Magoito 2015”, com os sócios do Clube MoucaBTT, suas famílias e amigos reunidos e preparados para se fazerem à caminhada de 12 Km pelas arribas do Magoito ou ao passeio de BTT de 40 Km, que iria ligar aquela Praça, igualmente, ao Magoito.

Após viagem de carro até ao Magoito, aprontamo-nos com toda a calma poupa e circunstancia para a caminhada que seria feita, por trinta e seis caminheiros, de caminhos adornados de beleza natural com areais, falésias e muito oceano Atlântico à vista; às 09:00 iniciamos a caminhada com um ritmo vivo, descemos embicados ao passadiço de madeira da praia do Magoito, fomos subindo e ladeando o leito do rio da Mata, continuamos a subir até bordearmos Fontanelas, descemos até ao parque da Praia da Aguda, foi por aqui que paramos, fizemos o lanche matinal descansamos e, tiramos mais umas quantas fotos. Treze minutos depois já estávamos em marcha na arriba bem juntas à falésia do Magoito, minutos depois o grupo dos Moukobetetistas alcançava-nos e passava por nós, cada um que ia passado ia sendo efusivamente aplaudido. Já com nove quilómetros nas pernas, o cansaço de alguns ia sendo notório, fazendo com que o ritmo do grupo fosse mais lento, descemos e estávamos junto á praia do Magoito, seguidamente subimos toda a escadaria e, logo depois, muito lentamente fomos subindo e chegando ao mesmo espaço, de onde tínhamos iniciado o simpático pedestre.
Depois de alguma hidratação, fizemos, alguns de nós, a troca de toiletes. O almoço convívio e a festa estavam prestes a iniciar-se, faltavam os BTTistas que pouco depois faziam a sua chegada.
O passeio de BTT bem se poderia intitular como viagem ao paraíso, pois as paisagens que iríamos encontrar naquela manhã, dourada pelo sol, eram dignas do melhor paraíso que alguém pode imaginar. Felizmente que, na terra possuímos estes pequenos/grandes pedaços de paraíso.
Saímos da PR pontualíssimos, como sempre, em direção a Sintra, logo com um desvio inoportuno do Moukista Sousa e com um furo do estreante Ruben nos primeiros quilómetros, que não beliscaram em nada a ambição que todos os betetistas tinham de desfilar pelas majestosas arribas do Concelho de Sintra.
Ao passar pela vila de Sintra, tivemos a estranha sensação de estarmos a entrar num deslumbrante tapete vermelho que nos iria conduzir pelo sopé da Serra de Sintra, passando pela encantadora vila de Colares, até à mais bonita praia do mundo (na minha opinião), a Praia Grande. Este tapete não era de veludo, antes era feito de muita terra batida, prados, pedra solta, paralelos, ou seja, de todos os condimentos prediletos do BTTista.
A arriba imponente da Praia Grande marcou então o início da segunda etapa do passeio de BTT. E a viagem pelo paraíso prosseguiu adiante. Aqui e ali encontravam-se algumas sereias ainda bocejando aos primeiros raios de sol que lhes chegavam, mas muito bem-educadas respondendo em inglês perfeito “good mornig” aos atrevidos Moukistas, que as saudavam com um português brejeiro “Olá, estão boas”.
Quando falo em paraíso é porque, convictamente, achava que era nele que estávamos a passear. E tanto assim era, que à passagem pelo Bico da Messe a seguir à Praia Grande, lugar sagrado para o mais fervoroso adepto da pesca, como anjos caídos do céu, encontrámos um senhor idoso tombado no chão, à beira da falésia, com uma cana de pesca ao seu lado, notoriamente a necessitar que alguém o ajudasse. Aparentemente inconsciente quando abordado por nós, acabámos por o ajudar a levantar, identificámo-lo o melhor possível e inquirimo-lo sobre como e quem o tinha trazido até aquele lugar. Que embora lindo, era muito perigoso para pessoas debilitadas como aquele senhor aparentava estar.
Depois de prestarmos o nosso melhor auxílio, confiámo-lo às autoridades competentes para o conduzirem à sua residência e prosseguimos pedalando rumo ao Magoito. O tempo dispensado na ajuda àquele homem, não permitiu que nos encontrássemos no miradouro da Praia da Aguda com o grupo de caminheiros Moukistas, conforme havia sido combinado previamente. Ainda assim, os bravos Moukistas do Pedal fizeram uma breve paragem naquele miradouro, abençoado por Deus com umas das mais lindas paisagens do Oeste de Portugal. Onde aproveitaram para restabelecerem as energias com umas barritas energéticas e para tirarem umas fotos para memória futura.
Seguidamente, o trilho levou-nos ao encontro dos caminheiros. Depois de os saudarmos, abrimos alas e trepamos monte acima. Foi então que o nosso pupilo Ruben, depois de trinta e muitos quilómetros de duríssimas pedaladas, cedeu às fortes câmbrias que o afligiram na chegada ao topo. Alguns minutos depois, um pouco mais descontraído, desceu a juntar-se aos caminheiros que aguardavam ao fundo e seguiu junto deles por um caminho um pouco mais curto até ao final.
No paraíso também existem espinhos, que o digam Adão e Eva que tiveram na maçã essa prova. Nós também podemos comprovar essa dolorosa realidade. Através de um single track muito técnico e divertidíssimo que descia a encosta da arriba sul da praia do Magoito. Onde muitas das vezes a forma mais cómoda de avançarmos era mesmo apoiar-nos nos espinhos, silvas, arbustos e cardos que o ladeavam. Sangue, suor e pura adrenalina, aquele trilho. A acrescer a toda esta dificuldade, havia ainda os bancos de areia dificílimos de ultrapassar que se encontravam ao longo do vale, os quais tivemos de percorrer até atingirmos a praia.
Extasiados pelo magnífico passeio que tínhamos pedalado, subimos da Praia do Magoito pelo íngreme passeio pedonal a norte da praia, até à entrada da localidade do Magoito. No topo, confirmamos que a meta estava muito perto, atendendo ao delicioso aroma a sardinhas e a bifanas assadas que se fazia sentir.
Os assados estavam com presteza a serem degustados, os couratos, os enchidos, as sardinhas, as costeletas, as entremeadas, toda esta comidinha iria ser brevemente apreciada e glutinada por todos nós. Nesta altura o repasto era o centro das atenções, mas, para o terminar havia que abrir as hostilidades às variadíssimas sobremesas, todas eram divinais, de fazer babar qualquer um de nós… depois da satisfação alimentícia estar concluída havia que esmoer, nada melhor para o fazermos que iniciarmos o bailarico; cantar, pular, dançar e conviver com tudo e com todos, foi a melhor e mais conveniente forma de fazermos a festa/convívio que estava desta forma ao mais alto nível.
O tempo ia passando, a sangria (afrodisíaca) tinha feito a função que lhe fora atribuída e, as mulheres estavam ao rubro, era vê-las cantar com um afinco e afinação nunca visto neste bairro, foi de arrepiar o amigo Monteiro não sabia para onde se virar, que grupo tão a finadinho! até a coreografia (ver foto) saiu brilhante… O tinto e as minis foram fazendo companhia a todos quantos nos mantínhamos nesta tarde de diversão e convívio, o ritmo da boa disposição não abradava e o apetite voltou a chamar-nos aos assadores, pão torado e bifanas voltavam a refastelar-nos e a energizar-nos para os minutos finais da nossa festa/convívio que terminou simpaticamente bem e, com ego reposto para mais uma semana da vida de cada um presente.             
Compilação das crónicas do:
Moukista PL e "O Moukista sentado"