21-mai-2017
Uma pequena freguesia do Alentejo, 120 kms,
2800 participantes e três Moukistas com muita vontade de pedalar no mais antigo
raid de BTT de Portugal que este cumpria a 19º edição, foram os ingredientes
para um grande dia, numa grande festa de BTT.
Pelas 9h, deu-se o início desta pedalação para
os muitos participantes, que debaixo de um tempo nublado saiam lentamente de
Alvalade até começarem a ganhar velocidade pelo espaçamento que começava a
surgir entre os muitos Betetistas que percorriam os primeiros quilómetros. Aos
12kms do percurso, passagem pelos arrozais, imagem já característica deste raid
e de grande beleza. Começava-se agora de forma gradual a subir, alternando-se
com estradões onde era permitido rolar a velocidades de 25-30km/h onde só a
areia fazia abrandar ou em alguns casos parar. Após trilhos com passagens por
matas eis que aos 39 kms surgia a Barragem das Campilhas, onde os participantes
contornaram a mesma pelas margens até chegarem ao 2º abastecimento deste raid.
Aqui foi tempo de, absorvidos por um mar de gente, provar as famosas sandes de
carne assada que a organização tanto pediu para que esta malta do pedal
provasse… Chatice, lá tivemos que seguir este conselho…
Era agora tempo de começar a subir, ainda
que de forma alternada com algumas descidas até atingir o Cercal do Alentejo
aos 52kms, onde a população aplaudia os participantes de forma efusiva. Tempo
para mais um abastecimento e havia agora que enfrentar a principal subida do
dia, com cerca de 2 kms a serpentear a serra e que atingiria a cota dos 260
mts. Aqui chegados, havia que descer de forma alucinante por trilhos mais
técnicos e de grande diversão até se atingir a Amazónia, zona de trilhos mais
densos e verdejantes. Após uma curta incursão pela lama, entramos num
singletrack que quando findou, o mar estava à vista… Imagens de grande beleza e
que dão um impulso ao pedal do pessoal do pedal, pois Porto Côvo estava à
vista. Rolou-se então por estradões com alguma areia e que foram confluir em Porto
Côvo, com uma passagem junto ao areal e que após uma subida onde estavam
centenas de pessoas a aplaudir, a meta dos 70 kms estava à vista. Foi bastante
agradável verificar a festa que aqui se fazia, entre betetistas e respectivas
famílias, sendo o BTT a força motriz destes momentos. Após mais um
reabastecimento, havia agora 50 kms a separar-nos da meta em Alvalade. Até à
meta rolou-se por trilhos e estradões, alguns deles a atravessar quintas e
outras propriedades privadas sendo apenas interrompidas pela passagem em
algumas freguesias onde pudemos constatar a “azáfama” de uma tarde de domingo,
onde os locais munidos de sumos de cevada e malta observavam os betetistas a
regressar a Alvalade e os incentivavam, dizendo que “já faltou mais”…
Aos 104 kms e junto a um canal, pedalou-se
até aos 110 kms onde se entrou no alcatrão e a sinalização indicava Alvalade em
frente. Tempo de esgotar a desmultiplicação na transmissão e alcançar Alvalade
aos 118,5 kms, após 1200 mts de acumulado positivo, muito contacto com a
natureza e muito convívio entre estes Moukistas e outros betetistas de todo o
Portugal. Tempo para uma ultima rehidratação e um regresso a Lisboa…
Uma última palavra para a organização que
teve este raid ao mais alto nível, nos mais variados aspectos tais como
sinalização do percurso, abastecimentos, apoio mecânico, simpatia e
hospitalidade ao longo de toda esta aventura!
Moukista 51
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