Boa tarde malta do pedal!
Antes de tecer algum comentário tenho de enaltecer a forma como os nossos amigos de Alverca (Hugo, Luís e Pedro) prepararam e conceberam o trajecto para este passeio.
Quem anda nestas coisas sabe o quanto é dificil descobrir e planear o melhor trajecto para a rapaziada. Aqui a geografia do terreno não ajuda, mas a verdade é que o objectivo foi plenamente atingido, conhecer outros trilhos e outras regiões, falando o espírito de equipa e de camaradagem mais alto do que qualquer troféu.
Talvez alguns dos 14 participantes deste passeio (durinho pelas muitas descidas), tenham passado a tarde no sofá, mas a verdade é que a coisa correu da melhor.
Tinham sido proposto 28 kms, mas devido a algumas alterações de ultima hora percorreram-se 33 kms.
Às 08h30 tudo estava a posto para iniciar esta pequena maratona. Como já é tradição, as hostilidade foram abertas com o aquecimento, logo de súbito a malta montou as máquinas e toca a rolar. Caminhos rolantes em terra, alguma estrada pelo meio e passados poucos kms estava-se a súbir para um dos vários marcos geodésicos existentes na região. Aqui tem de se fazer um comentário para a excelente prestação do António, que apesar da indisposição que o atormentou durante grande parte do percurso (devido a um desarranjo intestinal!) sempre esteve em alta e nunca mostrou vontade de desistir.
Os kms foram sendo feitos e se calhar ninguém se apercebeu mas foram três marcos geodésicos, trés moínhos e mais uns quantos cabeços que tivemos de descer (depois de uma grande descida vem sempre uma grande subida), coisa para uma dificuldade física elevada.
Não me parece necessário comentar o episódio bizarro com o guarda do tractor pois seria dar importância a mais a uma cena simplesmente inimaginável.
Depois de todas a dificuldades superadas pelas 13h00 a malta estava de volta e a arrumar as bikes para o regresso.
Tem de ser referido que nem todos tiveram a ousadia, capacidade e tenacidade de terminar o trajecto planeado. Se me é permitido deixo aqui um conselho que talvez possa ajudar. Os que mais dificuldades sentem nestas coisas de andar de MTB, treinem! Se pensam que andar uma vez de bike por mês chega, desenganem-se. São precisas várias horas por semana com muita assiduídade e vontade para os resultados aparecerem. Muitas horas de lágrimas nos olhos pelas dores musculares. Esta é a verdade, ter coragem de sacrificar o corpo. Quando à primeira dor ou ao primeiro esforço se desiste, o melhor mesmo é esquecer a bike. Dificilmente atingimos o limite das nossas capacidades físicas, desistimos porque é mais fácil.
Este comentário não se aplica como devem entender apenas ao pessoal que fez o passeio em Alverca, é mais abrangente, engloba todos os que aparecem de vez em quando ou de quando em vez. Sei que pode ser duro ler estas linhas mas é mesmo assim.
No final os alongamentos abichanados (menos abichanados do que as meias do Pires) foram motivo de admiração de todos os que passaram pelo local onde tinhamos os carros.
Fiquem bem e divirtam-se, sejam felizes, mais que não seja a tentar andar de bike.
Um abraço e bem haja a todos os que tornaram possível estas horas magníficas de BTT e sã camaradagem.
Boas pedaladas.