Festa Magoito 2015


Domingo 31 Maio 2015
Foi precisamente em ambiente de festa que começou pelas 08 horas da manhã do dia 31 de Maio de 2015, na Praça da República em Agualva, o evento Moukista intitulado “Festa Magoito 2015”, com os sócios do Clube MoucaBTT, suas famílias e amigos reunidos e preparados para se fazerem à caminhada de 12 Km pelas arribas do Magoito ou ao passeio de BTT de 40 Km, que iria ligar aquela Praça, igualmente, ao Magoito.

Após viagem de carro até ao Magoito, aprontamo-nos com toda a calma poupa e circunstancia para a caminhada que seria feita, por trinta e seis caminheiros, de caminhos adornados de beleza natural com areais, falésias e muito oceano Atlântico à vista; às 09:00 iniciamos a caminhada com um ritmo vivo, descemos embicados ao passadiço de madeira da praia do Magoito, fomos subindo e ladeando o leito do rio da Mata, continuamos a subir até bordearmos Fontanelas, descemos até ao parque da Praia da Aguda, foi por aqui que paramos, fizemos o lanche matinal descansamos e, tiramos mais umas quantas fotos. Treze minutos depois já estávamos em marcha na arriba bem juntas à falésia do Magoito, minutos depois o grupo dos Moukobetetistas alcançava-nos e passava por nós, cada um que ia passado ia sendo efusivamente aplaudido. Já com nove quilómetros nas pernas, o cansaço de alguns ia sendo notório, fazendo com que o ritmo do grupo fosse mais lento, descemos e estávamos junto á praia do Magoito, seguidamente subimos toda a escadaria e, logo depois, muito lentamente fomos subindo e chegando ao mesmo espaço, de onde tínhamos iniciado o simpático pedestre.
Depois de alguma hidratação, fizemos, alguns de nós, a troca de toiletes. O almoço convívio e a festa estavam prestes a iniciar-se, faltavam os BTTistas que pouco depois faziam a sua chegada.
O passeio de BTT bem se poderia intitular como viagem ao paraíso, pois as paisagens que iríamos encontrar naquela manhã, dourada pelo sol, eram dignas do melhor paraíso que alguém pode imaginar. Felizmente que, na terra possuímos estes pequenos/grandes pedaços de paraíso.
Saímos da PR pontualíssimos, como sempre, em direção a Sintra, logo com um desvio inoportuno do Moukista Sousa e com um furo do estreante Ruben nos primeiros quilómetros, que não beliscaram em nada a ambição que todos os betetistas tinham de desfilar pelas majestosas arribas do Concelho de Sintra.
Ao passar pela vila de Sintra, tivemos a estranha sensação de estarmos a entrar num deslumbrante tapete vermelho que nos iria conduzir pelo sopé da Serra de Sintra, passando pela encantadora vila de Colares, até à mais bonita praia do mundo (na minha opinião), a Praia Grande. Este tapete não era de veludo, antes era feito de muita terra batida, prados, pedra solta, paralelos, ou seja, de todos os condimentos prediletos do BTTista.
A arriba imponente da Praia Grande marcou então o início da segunda etapa do passeio de BTT. E a viagem pelo paraíso prosseguiu adiante. Aqui e ali encontravam-se algumas sereias ainda bocejando aos primeiros raios de sol que lhes chegavam, mas muito bem-educadas respondendo em inglês perfeito “good mornig” aos atrevidos Moukistas, que as saudavam com um português brejeiro “Olá, estão boas”.
Quando falo em paraíso é porque, convictamente, achava que era nele que estávamos a passear. E tanto assim era, que à passagem pelo Bico da Messe a seguir à Praia Grande, lugar sagrado para o mais fervoroso adepto da pesca, como anjos caídos do céu, encontrámos um senhor idoso tombado no chão, à beira da falésia, com uma cana de pesca ao seu lado, notoriamente a necessitar que alguém o ajudasse. Aparentemente inconsciente quando abordado por nós, acabámos por o ajudar a levantar, identificámo-lo o melhor possível e inquirimo-lo sobre como e quem o tinha trazido até aquele lugar. Que embora lindo, era muito perigoso para pessoas debilitadas como aquele senhor aparentava estar.
Depois de prestarmos o nosso melhor auxílio, confiámo-lo às autoridades competentes para o conduzirem à sua residência e prosseguimos pedalando rumo ao Magoito. O tempo dispensado na ajuda àquele homem, não permitiu que nos encontrássemos no miradouro da Praia da Aguda com o grupo de caminheiros Moukistas, conforme havia sido combinado previamente. Ainda assim, os bravos Moukistas do Pedal fizeram uma breve paragem naquele miradouro, abençoado por Deus com umas das mais lindas paisagens do Oeste de Portugal. Onde aproveitaram para restabelecerem as energias com umas barritas energéticas e para tirarem umas fotos para memória futura.
Seguidamente, o trilho levou-nos ao encontro dos caminheiros. Depois de os saudarmos, abrimos alas e trepamos monte acima. Foi então que o nosso pupilo Ruben, depois de trinta e muitos quilómetros de duríssimas pedaladas, cedeu às fortes câmbrias que o afligiram na chegada ao topo. Alguns minutos depois, um pouco mais descontraído, desceu a juntar-se aos caminheiros que aguardavam ao fundo e seguiu junto deles por um caminho um pouco mais curto até ao final.
No paraíso também existem espinhos, que o digam Adão e Eva que tiveram na maçã essa prova. Nós também podemos comprovar essa dolorosa realidade. Através de um single track muito técnico e divertidíssimo que descia a encosta da arriba sul da praia do Magoito. Onde muitas das vezes a forma mais cómoda de avançarmos era mesmo apoiar-nos nos espinhos, silvas, arbustos e cardos que o ladeavam. Sangue, suor e pura adrenalina, aquele trilho. A acrescer a toda esta dificuldade, havia ainda os bancos de areia dificílimos de ultrapassar que se encontravam ao longo do vale, os quais tivemos de percorrer até atingirmos a praia.
Extasiados pelo magnífico passeio que tínhamos pedalado, subimos da Praia do Magoito pelo íngreme passeio pedonal a norte da praia, até à entrada da localidade do Magoito. No topo, confirmamos que a meta estava muito perto, atendendo ao delicioso aroma a sardinhas e a bifanas assadas que se fazia sentir.
Os assados estavam com presteza a serem degustados, os couratos, os enchidos, as sardinhas, as costeletas, as entremeadas, toda esta comidinha iria ser brevemente apreciada e glutinada por todos nós. Nesta altura o repasto era o centro das atenções, mas, para o terminar havia que abrir as hostilidades às variadíssimas sobremesas, todas eram divinais, de fazer babar qualquer um de nós… depois da satisfação alimentícia estar concluída havia que esmoer, nada melhor para o fazermos que iniciarmos o bailarico; cantar, pular, dançar e conviver com tudo e com todos, foi a melhor e mais conveniente forma de fazermos a festa/convívio que estava desta forma ao mais alto nível.
O tempo ia passando, a sangria (afrodisíaca) tinha feito a função que lhe fora atribuída e, as mulheres estavam ao rubro, era vê-las cantar com um afinco e afinação nunca visto neste bairro, foi de arrepiar o amigo Monteiro não sabia para onde se virar, que grupo tão a finadinho! até a coreografia (ver foto) saiu brilhante… O tinto e as minis foram fazendo companhia a todos quantos nos mantínhamos nesta tarde de diversão e convívio, o ritmo da boa disposição não abradava e o apetite voltou a chamar-nos aos assadores, pão torado e bifanas voltavam a refastelar-nos e a energizar-nos para os minutos finais da nossa festa/convívio que terminou simpaticamente bem e, com ego reposto para mais uma semana da vida de cada um presente.             
Compilação das crónicas do:
Moukista PL e "O Moukista sentado"
       

3 comentários:

JAGuerra disse...

Foi mais uma festa do Clube MoucaBTT, onde a difícil arte de conviver em sociedade foi esmagada pela boa-disposição de dezenas de Moukistas…
JAGuerra

LUís Pina disse...

Boa tarde a todos vós.
Por certo não me compete fazer comentários à forma como todo este evento decorreu. No entanto parece-me oportuno, em nome do Clube MoucaBTT, em nome de todos os presentes e em meu nome pessoal, agradecer mais uma vez a disponibilidade e simpatia com que a família Passarinho nos recebeu em mais um grande evento na sua propriedade. Uma palavra também de agradecimento a todos os colaboradores pelo empenho e dedicação demonstrados, grato pela participação e adesão a todos os presentes neste evento. Sempre bem por maus caminhos, com meia roda à frente! Bem hajam! Luís Pina.

Anónimo disse...

Boa noite Moukistas

Foi com muita pena minha que não estive presente neste evento do nosso clube.
Não é todos os dias nem tão pouco todos os anos que o meu outro clube do coração chega a uma final da taça de Portugal, o que quer dizer que tive de aproveitar a ocasião e ir festejar mais uma conquista.

Pelo relato da cronica que li tudo correu bem e isso é o mais importante.
uma boa semana para todos
P.Laranjeira